Inclusão

Inclusão

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Lei favorece pessoas com deficiências físicas na PB



LEI Nº 9.605 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2011

Torna obri gatória disposição de cadeiras adaptadas em estabelecimentos de ensino no âmbito do Estado da Paraíba e dá outras providencias

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DECRETA:

Art. 1º

Os estabelecimentos de ensino da rede pública estadual e da rede privada

ficam obrigados a disponibilizar, cadeiras adaptadas para alunos portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida.

Parágrafo único.

Os estabelecimentos que se enquadram nesta obrigatoriedade são os de ensino fundamental, médio, superior e também os cursos de extensão.

Art. 2º

As cadeiras adaptadas deverão se adequar aos padrões e normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT e do Instituto Nacional de Metrologia-INMETRO.

Art. 3º

A Secretaria de Estado da Educação deverá fiscalizar a aplicação desta Lei.

Art. 4º

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Paço da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, “

Casa de Epi táci o Pessoa”,

João Pessoa, 21 de dezembro de 2011.




sábado, 3 de dezembro de 2011

03 de Dezembro Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

passeata neste sábado
Mariana Anunciação com Assessoria
Para comemorar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que acontece neste sábado (3), os técnicos do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) irão participar da passeata "Esta vaga não é sua nem por um minuto”, neste dia. A caminhada sairá às 8h, da frente do ISMAC, seguindo pela avenida Afonso Pena até a Praça do Rádio Clube, em Campo Grande. As pessoas que não puderem participar podem aguardar no Praça do Rádio.
Na passeata serão distribuídos folhetos informativos como forma de apoio às campanhas de acessibilidade no trânsito. Além disso, o Detran-MS confeccionou faixas e cartazes que serão usados no decorrer do evento.
Os organizadores são: Adone-MS (Associação de Doenças Neuromusculares), o CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MS), a SPA (Sociedade em Prol da Acessibilidade, Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida de MS), com apoio do Detran-MS, da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito de Campo Grande), do Ismac (Instituto Sul Matogrossense para Cegos) e do Consep (Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência).
Inclusão
 "O Detran-MS reconhece a necessidade de assegurar aos deficientes físicos e auditivos a acessibilidade de veículo e de comunicação durante todo o processo de obtenção da Permissão para Dirigir, da Carteira Nacional de Habilitação ou da Permissão Internacional para Dirigir", explica a diretora de Habilitação e Educação de Trânsito do Detran-Ms, Elizabeth Félix. Para isso, o Detran-MS assegura aos surdos a acessibilidade de comunicação, oferecendo interprete nos exames teóricos.
Neste ano, já foram realizados 80 atendimentos desse tipo, em todo o estado. O Detran-MS ainda possui um veículo adaptado e instrutor especializado para atender as pessoas com deficiência física nas aulas práticas de direção veicular. A formação dos profissionais envolvidos no trânsito também conta com o reforço da disciplina "Atendimento à diversidade", com o intuito de proporcionar igualdade de direitos a todos os usuários.

domingo, 30 de outubro de 2011

Bancos esquecem deficientes físicos
Fábio Munhoz
Portadores de deficiência física enfrentam dificuldades para utilizar os serviços das agências bancárias da região. Falta de equipamentos adaptados, despreparo de funcionários e demora no atendimento são alguns dos problemas mais comuns.
Durante a semana, a equipe do Diário percorreu oito unidades bancárias na companhia do coordenador do Grupo de Trabalho da Pessoa com Deficiência do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC Alexandre Francisco. Xande, como é conhecido, é deficiente desde o nascimento em função de um problema muscular congênito.
O martírio começa já no saguão principal. A cadeira de rodas não cabe no espaço da porta giratória, o que obriga a abertura da passagem lateral. O problema é que, na maioria dos casos, a chave fica em poder do gerente. Em uma das agências do Banco do Brasil na Rua Senador Fláquer, a porta demorou quase cinco minutos para ser aberta. Nos demais bancos visitados, o tempo varia entre um e três minutos.
Os caixas eletrônicos também representam desafio. Por serem altos, os equipamentos dificultam a visão do cadeirante ao teclado e ao monitor.
Na área de atendimento, os bancos oferecem mesas rebaixadas. O problema é que nem sempre os caixas adaptados funcionam. Em uma agência do Bradesco, o terminal reservado a deficientes não tinha computador.
No Itaú, o caixa tem altura normal, o que dificulta a comunicação entre o cliente e o bancário. "Se eu tivesse que assinar algum documento, não conseguiria", reclamou Xande. Outro problema é a ausência de recuo para as pernas. O único banco visitado cujo caixa foi considerado ideal pelo usuário foi o Mercantil do Brasil.
Na Caixa Econômica Federal, Xande procurava informações a respeito das parcelas de seu imóvel, quando foi alertado que o atendimento seria feito no primeiro andar. O elevador, no entanto, não funcionava. O serviço, então, foi improvisado em um caixa no térreo.
O despreparo de funcionários e vigilantes também atrapalha o serviço. Ao sair de duas agências após curto tempo de permanência, seguranças, em tom irônico, questionaram sobre o pouco tempo em que havia ficado na agëncia. Em outras situações, funcionários abordaram o cliente sobre o tipo de atendimento que procurava. "Engraçado é que eles não perguntam isso para as demais pessoas na fila. É muita indiferença conosco", protesta Xande, que afirma usar a internet para fazer transações sem sofrer preconceito.

Instituições dizem oferecer acessibilidade

Apesar dos problemas encontrados pelo Diário nas agências do Grande ABC, os bancos dizem ser adaptados para receber deficientes. As instituições financeiras alegam que estão em conformidade com as exigências legais. "O Banco do Brasil cumpre as deteminações legais e técnicas naquilo que se refere à promoção de acessibilidade e atendimento prioritário às pessoas com deficiência física, visual, auditiva e mental", informa a empresa estatal.
O BB diz que as agências não adaptadas passarão por reformas ou realocação.O Santander informa que cumpre "as normas de acessibilidade" e oferece treinamento aos bancários. O banco afirma que a entrada pela porta lateral é "facilitada por diversos funcionários, além de atender aos critérios de segurança".
Segundo o Mercantil do Brasil, todas as agências do banco estão aptas a receber portadores de necessidades especiais. Em relação aos caixas eletrônicos, a empresa diz que todos são "certificados".
Já o Itaú salienta que oferece "rampas de acesso, vagas mais amplas e demarcadas, sinalização especial, banheiros e guichês adaptados para facilitar o contato". A instituição financeira não comentou a respeito dos caixas eletrônicos.
A Caixa Econômica Federal também diz que "oferece em suas agências acesso a edificações, mobiliário e ambientação para atendimento de pessoas com deficiência motora e visual, ou de mobilidade reduzida". O banco estatal promete que, em 30 dias, todas as agências da região terão modelos de guichês de caixa e de atendimento adaptados, bem como os balcões para preenchimento de guias e cheques. Em relação ao elevador quebrado em Santo André, a empresa justifica que o problema foi resolvido no mesmo dia.
O Bradesco e a Federação Brasileira de Bancos não responderam aos questionamentos da reportagem.
O Banco Central, por sua vez, afirmou que não possui normativo que obrigue as instituições a instalarem caixas eletrônicos e outros equipamentos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida.

Especialistas cobram aplicação da lei

Especialistas em Direito ouvidos pelo Diário defendem que os bancos cumpram com rigor a legislação que exige acessibilidade no interior das agências. A lei 10.098/2000, regulamentada pelo decreto 5.296/2004, exige que "a construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida".
O decreto determina que o mobiliário de recepção e atendimento deve ser adaptado com base em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Entre outras obrigações, a norma 9.050 da ABNT exige que os balcões devem possuir profundidade mínima de 30 centímetros, o que não foi respeitado na maioria das agências da região visitadas pela equipe do Diário.
Apesar de a lei não ser específica para os bancos, a professora de Direito da Universidade Mackenzie Patrícia Tuma Bertolin explica que as instituições financeiras têm a obrigação de se enquadrar na legislação. "A lei se volta a toda a sociedade, e não especificamente aos bancos. No entanto, eles não podem se eximir de cumprí-la".
A especialista acrescenta que, por conta dos altos lucros registrados, os bancos "não podem alegar grandes transtornos financeiros para fazer as adaptações necessárias". Patrícia cobra fiscalização mais efetiva, de forma que seja criada conscientização acerca do assunto.Professor de Direito do Consumidor da Faculdade de Direito de São Bernardo, Artur Rollo afirma que os bancos devem oferecer condição para que o usuário deficiente consiga fazer todos os procedimentos necessários sem a necessidade de ajuda de terceiros. "Infelizmente, o Brasil ainda está engatinhando em questão de acessibilidade."
Rollo avalia que os bancos brasileiros se limitam a instalar rampas e elevadores, sem adaptar o restante da agência. Para o especialista, o fato de a lei não definir penas em caso de descumprimento dificulta punições a empresas em situação irregular.
A advogada Ana Paula Satcheki, diretora do Procon de Santo André, orienta os clientes que se sentirem lesados a procurarem o Ministério Público ou registrarem ocorrência em delegacia próxima. "O Procon atua mais em questões específicas e pontuais, como a devolução de dinheiro ou de mercadoria com problema. A atuação do Procon é mais de conscientização e conciliação. Se o deficiente se sentir prejudicado, ofendido, constrangido, ele tem de procurar o Judiciário para tentar receber indenização."

Para sindicato, bancos discriminam deficientes

A presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano, avalia que os bancos discriminam portadores de deficiência física. "Se a situação é ruim para os clientes, imagine para os trabalhadores", alerta.
A dirigente afirma que a adaptação das agências esteve presente na pauta de reivindicações da última campanha salarial da categoria, finalizada no mês passado. Segundo ela, a Federação Brasileira de Bancos informa que já está cumprindo a lei. "Outro problema grave é que as instituições financeiras não preparam funcionários e vigilantes para prestar bom atendimento aos deficientes", acrescenta Maria Rita.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

FALTA DE ACESSIBILIDADE RETRATO DO BRASIL

Em Porto Alegre (RS), o segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terminou sem nenhum contratempo que pudesse prejudicar o exame. Entretanto, para alguns candidatos com deficiências, a organização deixou a desejar. “Há anos faço concursos, e este foi o pior de todos”, reclama Fabio Hermel, 39 anos, que é deficiente físico. O candidato afirma que os fiscais de sala – a quem presta elogios – tiveram que improvisar para que ele pudesse fazer a prova, na Escola Técnica Parobé, na região central da cidade.
“Botaram uns pedaços de madeira sob os pés da mesa para que eu pudesse entrar com a cadeira de rodas. Isso que pedi uma classe adaptada no momento da minha inscrição.” O estudante, que pretende cursar gastronomia, disse que o prédio em que fez o teste não possuía rampas adequadas para a locomoção de cadeirantes e que os banheiros adaptados estavam deficientes, com barras de metal já soltas das paredes.
Mesma dificuldade viveu Julio Moura, de 43 anos. Apesar de ter solicitado uma mesa adaptada para fazer a prova – disposição garantida e confirmada pelo próprio Inep em telefonema para sua casa –, ele não encontrou sua solicitação atendida ao chegar, nesse sábado. “O primeiro dia foi um desastre. Três colegas cadeirantes tiveram que trocar de sala durante a prova para realizar o exame nas mesas adaptadas para cadeira de rodas. Para não me atrapalhar na prova, dispensei a troca”, comentou.
Além disso, segundo Moura, no andar em que estava, apenas o banheiro masculino estava adaptado a cadeirantes. Alguns tiveram que improvisar na utilização do banheiro, com foi o caso de Brian de Souza, 16 anos, que passou dificuldades. Antes do início da prova, outro cadeirante chegou a acionar a Brigada Militar quando viu que faria novamente o teste em uma classe não adaptada.
Sobre a prova, os estudantes tiveram alguma dificuldade em resolver as questões de matemática, conseguiram discorrer bem sobre o tema proposto na redação, mas elegeram a prova cansativa, devido à extensão de seus enunciados. “Havia uma folha do caderno de questões com apenas duas perguntas. Os enunciados eram muito grandes. A prova de hoje [domingo] estava cansativa, mas achei a de ontem mais difícil”, comentou Adriele Pereira, de 22 anos.
A estudante acabou o colégio há dois anos e busca uma boa nota para se qualificar em um curso de enfermagem. Ela classificou como bem organizado o exame deste ano, ao contrário do Enem de 2011. “No ano passado fiquei com a prova amarela, que teve questões trocadas e erros de português. Então, como estava programado, solicitei para refazer a prova. O problema é que nunca me chamaram para fazer o novo exame.”

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência:



- Ratificada pelo Congresso em 2008 com força constitucional.



Termos:
 é o termo correto e legal desde a Convenção. Quem tem deficiência pode portar bengala, cadeira, mas a deficiência continua lá.
Tipos de deficiência – Use os termos escolhidos pelas próprias pessoas com deficiência:
- sensorial – visual (cego e baixa visão) e auditiva (surdo)
- intelectual (síndrome de Down e outros)
- física (paraplégico, tetraplégico, amputado…)
- múltipla (mais de uma deficiência, surdo-cego, etc)

            
 PORTADOR NÃO ! - PESSOA COM DEFICIÊNCIA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA  
Ex: pessoa com deficiência física, aluno com síndrome de Down, secretária com deficiência múltipla, jovem com deficiência intelectual, rapaz surdo, criança cega, etc.



ACESSIBILIDADE:

- Falta de acessibilidade, inclusive na comunicação (impressa, sites, etc). Quando postar uma foto ou mandar um email, faça a descrição da imagem, inclusive de convites em arquivo de imagem (jpg, etc). A regra é: tudo que não pode ser iluminado com o cursor não dá pra ser lido pelo ledor de texto do computador usado por quem é cego ou tem baixa visão.


EDUCAÇÃO: 

- A educação inclusiva em escola regular fica garantida. A desculpa de que a escola não está preparada para receber estudantes com necessidades educacionais específicas constitui crime constitucional.
- O ensino especial deve dar suporte para o aluno frequentar a escola regular.
- As escola, públicas e privadas têm que provar ao Ministério Público que lançaram mão de todos os recursos possíveis antes de dispensar qualquer estudante.



TRABALHO:

- A incapacidade deve ser encarada apenas como mais um atributo do cidadão. Por exemplo, a empresa que diz que não pode contratar para cumprir a legislação de cotas é que tem a obrigação de buscar meios de se adaptar.



Inclusão leva à Inclusão – Mostre atitudes e histórias inclusivas.

- A Convenção ainda é desconhecida de juízes e das próprias pessoas com deficiência. Ajude a torná-la conhecida citando-a nas matérias.

- Entreviste as próprias pessoas com deficiência, não seus acompanhantes ou especialistas.

- Evite a exploração da imagem do coitadinho, da tragédia, da desgraça.

- Procure abordar temas que afetem a qualidade de vida do cidadão com deficiência como transporte, moradia e saúde acessíveis, escola, oportunidades de tabalho e discriminação.

- Fuja da palavra especial. Ela foi usada durante muito tempo como um eufemismo, para “compensar” a deficiência. Ainda é usada referente à educação (necessidades educacionais especiais), mas mesmo aí é preferível e mais correto dizer necessidades específicas.

- Tome cuidado com histórias de superação, heroísmo. Tente mostrar o personagem como uma pessoa qualquer, use uma abordagem positiva, mas sem ser piegas.

- Não reforce esteriótipos: (trabalhadores com deficiência são melhores e mais esforçados do que os trabalhadores sem deficiência, chegam na hora, não faltam… pessoas com síndrome de Down são anjos, tão ingênuos e carinhosos… funcionários cegos tem tanta sensibilidade… etc.

- Prefira palavras neutras – ocorrência, evento, condição…

- Não use palavras negativas (defeituosa, excepcional, doença, erro genético, paralítico, ceguinho, mudo, mongolóide, retardado, mutação, sofrer, anomalia, problema, acometer, risco, preso ou condenado a uma cadeira de rodas… etc)

Ex: O risco de uma mãe ter um filho com síndrome de Down aumenta com a idade.

A probabilidade de uma mãe ter um filho com síndrome de Down aumenta com a idade.

Na primeira frase, ao usar a palavra risco, faz-se julgamento de valor, induzindo o leitor a pensar a síndrome de Down de forma negativa.


Texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm
Convenção: a carta de alforria das pessoas com deficiência

http://www.inclusive.org.br/?p=41
Inclusão é mais rápida com o apoio da mídia
http://www.inclusive.org.br/?p=18150Lei da Acessibilidade – LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989.

Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa:
I – recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta;
II – obstar, sem justa causa, o acesso de alguém a qualquer cargo público, por motivos derivados de sua deficiência;
III – negar, sem justa causa, a alguém, por motivos derivados de sua deficiência, emprego ou trabalho;
IV – recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial, quando possível, à pessoa portadora de deficiência;
V – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei;
VI – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

11 DE OUTUBRO DIA NACIONAL DOS DEFICIENTES FÍSICOS


11 DE OUTUBRO

Dia Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência Física

MANUAL DE ATENDIMENTO

Cuidado é bom.
Mas na medida certa.
O Governo Federal criou o Passe Livre para Pessoas Carentes Portadoras de Deficiência em viagens interestaduais. Com essa medida, o número de passageiros com deficiência certamente vai crescer. E todos os funcionários precisam estar preparados para receber esses novos clientes. É você quem vai atender, orientar e acompanhar esses passageiros na estação de embarque, no transporte e no desembarque. Ofereça a sua ajuda, mas não exagere. Se for preciso, pergunte ao passageiro como você pode auxiliá-lo. Trate o portador de deficiência como um passageiro normal e não como um incapaz. Cuidado é bom. Mas na medida certa. Neste manual, você vai encontrar algumas dicas básicas de como atender a um portador de deficiência. Leia com atenção, use o bom senso e faça sua parte. Ajude a fazer do Brasil um país mais solidário.
Assentos e bagagens
Os assentos reservados para os portadores de deficiência devem estar, de preferência, na primeira fila das poltronas.
Os acompanhantes devem ser instalados em poltronas próximas às dos portadores de deficiência.
A bagagem e os equipamentos especiais devem ser transportados gratuitamente.
Os equipamentos indispensáveis à locomoção da pessoa portadora de deficiência devem ser transportados em lugar adequado e de fácil acesso.
Dicas de Comportamento
1. Deficiência mental
A pessoa com deficiência mental, na maioria das vezes, é carinhosa, disposta e comunicativa.
Não use palavras como "doentinho" ou "maluquinho", quando se referir a um portador dessa deficiência.
Cumprimente-o normalmente.
Quando for uma criança, trate-a como criança. Se for adolescente ou adulto, trate-o como tal.
Dê atenção. Expresse alegria e converse com ele até onde for possível.
Evite superproteção. Ajude somente quando for necessário.
A pessoa portadora de deficiência deve tentar fazer tudo sozinha.
2. Paralisia cerebral
Em geral, a pessoa com paralisia cerebral é inteligente e sensível.
Ela sabe que é diferente dos outros.
A pessoa com paralisia cerebral faz gestos faciais involuntários, anda com dificuldade ou, às vezes, não anda.
Não se impressione com seu aspecto. Comporte-se de forma natural. Ela merece todo seu respeito.
Você pode ajudá-la a seguir seu ritmo. Se não entender sua fala (ela pode ter problemas na fala), peça que repita.
3. Deficiência visual (pessoa cega)
Não se intimide em usar palavras como "cego", "ver" ou "olhar".
Os cegos também as usam.
Ofereça ajuda quando perceber que há necessidade.
Peça explicações ao cego como ele quer ser ajudado.
Para guiar uma pessoa cega, ofereça seu braço. Nunca a oriente pelo pescoço.
Oriente a pessoa cega para evitar obstáculos – meios-fios, degraus e outros.
Ao explicar direções a um cego, seja o mais claro possível.
Fale sobre os obstáculos à frente.
Indique as distâncias em metro.
Se não souber direcionar a pessoa cega, seja honesto. "Eu gostaria de ajudar, mas não sei como".
Ao guiar um cego para uma cadeira, direcione suas mãos para o encosto. Informe-o se a cadeira tem braços ou não.
Em lugares estreitos para duas pessoas passarem, ponha seu braço para trás. Desta forma, a pessoa cega pode segui-lo com menor dificuldade.
4. Deficiência auditiva (pessoa surda)
Não grite diante de uma pessoa com deficiência auditiva.
Fale em tom normal, a não ser que ela peça para levantar a voz.

Fale claramente, em velocidade normal, de frente para a pessoa surda. É importante para ela enxergar sua boca.
Use gestos e expressões faciais. Mudanças do tom de voz indicando sarcasmo ou seriedade não podem ser compreendidas pelos surdos.
Se um surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente ao surdo, não ao intérprete.
Ao conversar com uma pessoa surda, mantenha contato visual. Se você dispersar o olhar, para ela a conversa pode ter acabado.
Se você quiser falar com um surdo, chame sua atenção, sinalizando ou tocando no seu braço.
Se você não entender o que um surdo está falando, peça para repetir. Se mesmo assim não entender, peça para ele escrever. O importante é comunicar-se.
5. Deficiência física (em cadeira de rodas)
Não se apóie na cadeira de rodas. Ela é como a extensão do corpo da pessoa.
Se quiser oferecer ajuda, pergunte antes e nunca insista.
Caso aceite a ajuda, deixe o deficiente físico dizer como quer ser ajudado.
Não receie usar palavras como "correr" ou "caminhar". Os portadores de deficiência também as usam.
Se a conversa for demorar, sente-se no mesmo nível do olhar do usuário da cadeira de rodas.
Ao ajudar um usuário de cadeira de rodas a descer uma rampa ou degrau, use a marcha a ré. Isso evita que a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente.
6. Deficiência física (com muletas)
Antes de ajudar, pergunte se a pessoa quer ajuda e como a quer.
Acompanhe o ritmo de sua marcha.
Tome cuidado para não tropeçar nas muletas.
Deixe as muletas sempre ao alcance da pessoa portadora de deficiência.
Fonte: www.transportes.gov.br
Dia Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência Física

11 DE OUTUBRO

A vida para uma pessoa portadora de deficiência física não é nada fácil. Se para pessoas sem qualquer problema físico, o dia-a-dia já é uma experiência estressante, imagine para quem depende de adaptações ou da ajuda de terceiros para se locomover. São muitos, aliás, os obstáculos enfrentados pelas pessoas portadoras de deficiências - de ordem social, política, econômica e cultural e não só os do cotidiano - distanciando-os bastante de conseguirem chegar ao ideal pretendido pelas Nações Unidas de "Participação Plena e Igualdade".
Isto porque o ponto crucial da questão estaria na relação entre o indivíduo e uma sociedade com padrões definidos, que alimenta a separação, ao tratar de forma inadequada os limites e as diferenças do outro. A anomalia se instala, quando não é dado um mínimo de condição às pessoas portadoras de deficiência de exercer o convívio em comunidade, incluindo aí aspectos fundamentais na vida de qualquer um, como educação, trabalho, habitação, segurança econômica, pessoal etc. Bom ressaltar que as pessoas portadoras de deficiência reivindicam a eliminação dos impedimentos a uma vida normal - o simples ir e vir, por exemplo - da mesma maneira que não esperam nenhum tipo de paternalismo ou piedade.
Esta via de conduta, inclusive, seria para eles algo ruim, uma vez que enfatiza o preconceito e estimula a exclusão, ao invés de inseri-los no meio social. Acabam sendo tratados, assim, como um problema e não como cidadãos que possuem seu potencial criativo ou de produção. Dia 11 de outubro, as pessoas portadoras de deficiência física só desejam uma coisa de nós, sociedade: oportunidades e tratamento iguais.
Já andou pelas ruas da cidade? Percebeu que algumas calçadas são elevadas e que há pouquíssimas rampas de acesso a lugares mais altos? Que os motoristas no trânsito costumam ser estressados e o pedestre pouco respeitado? Ele, também, impaciente, nervosinho? E que em vias de maior velocidade e poucos sinais, existe uma ou outra passarela para facilitar a travessia? E os banheiros públicos, percebeu o aperto? Tamanho de elevadores - da maioria, pelo menos - tem cabimento?
Agora, passe isso tudo para uma pessoa portadora de deficiência e multiplique por três. Imaginou? Então. Pois é exatamente isto que você pensou o resultado da soma de obstáculos enfrentados por uma pessoa portadora de deficiência física na rotina do ir e vir. Ou seja, dá para notar que para uma pessoa com limitações físicas, a simples locomoção pelas ruas não é nem um pouco confortável.
Algumas cidades do país já demonstram sensibilidade nesse sentido, tomando providências para facilitar a vida dessas pessoas, mas são raras. O município de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, adotou uma medida louvável. Para cada sinal de trânsito, foram adaptadas rampas nas calçadas, para que pessoas em cadeiras de rodas se locomovam mais livre e independentemente de ajuda.
É um começo.
Talvez por isso não seja coincidência que a sede do Comitê Paraolímpico Brasileiro tenha sido instaurada naquela cidade. Um outro começo.

O ESPORTE COMO EXEMPLO

Nada melhor do que o esporte para quebrar visões deturpadas de que pessoas portadoras de deficiência física são um estorvo ou problema para a sociedade. No lugar do sentimento de piedade, aliás, deveria ser posto o de colaboração, educação e civilidade. Ou seja, a consideração a ser dispensada a uma pessoa portadora de deficiência teria de ser a mesma que deveríamos dispensar a qualquer pessoa não portadora.
Pois qual a diferença entre atletas "medalha de ouro" no basquete - no caso de serem paraplégicos ou não - senão a cadeira de rodas? Objeto externo à pessoa, que não a qualifica. Ambos superaram seus limites e deram o seu melhor. Ambos são primeiro no pódium. Da mesma forma, um mendigo portador de deficiência e um outro sem limitações físicas precisam igualmente de nossa solidariedade. Não há melhor ou pior, nos dois casos.
E a prova, em se tratando do esporte, se dá na quantidade de medalhas que os atletas paraolímpicos brasileiros trouxeram para o país competindo em disputas internacionais.
Bom lembrar que os Jogos Paraolímpicos acontecem desde 1960, sendo que o primeiro foi realizado em Roma, na Itália, com a participação de 23 países e 240 atletas. O Brasil competiu pela primeira vez no ano de 1972. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul, em 1988, a delegação nacional obteve 27 medalhas, sendo quatro de ouro, dez de prata e treze de bronze. Na de Atlanta, em 1992, 21 medalhas - duas de ouro, seis de prata e 13 de bronze. E nas Paraolimpíadas de Sidney 2000, na Austrália, o Brasil conquistou 22 medalhas: seis de ouro, dez de prata e treze de bronze.
Mas foi em 2004 que o Brasil obteve seu melhor desempenho nas Paraolimpíadas. Os jogos foram realizados em Atenas, durante onze dias de competições, das quais nosso país conseguiu 33 medalhas! Foram 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze. Em relação aos outros países, o Brasil ficou em 14º lugar no quadro de medalhas em Atenas. O primeiro lugar coube à China (63 ouros, 46 pratas e 32 bronzes), seguida por Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Síndrome de Down

 O QUE É?
que é síndrome de Down?
É uma condição genética na qual existe um material cromossômico excedente ligado ao par de número 21 e por isso também é chamada de trissomia do 21. As pessoas com a síndrome Down (pronúncia dawn) apresentam, em conseqüência, retardo mental (de leve a moderado) e alguns problemas clínicos associados.


Características da síndrome de Down

Fraco
As crianças com síndrome de Down possuem algumas características físicas específicas, que podem ser observadas pelo médico para fazer o diagnóstico clínico. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características. Algumas podem ter poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria das características da síndrome:
  • Inclinação das fendas palpebrais;
  • Pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos;
  • Língua aumentada e proeminente;
  • Achatamento da parte de trás da cabeça;
  • Ponte nasal achatada;
  • Orelhas menores;
  • Boca pequena;
  • Tônus muscular diminuído;
  • Ligamentos soltos;
  • Mãos e pés pequenos;
  • Pele na nuca em excesso;
  • Palma da mão com uma linha cruzada (linha simiesca);
  • Distancia entre primeiro e segundo dedo do pé aumentada.
Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações em órgãos desde seu nascimento:
  • As principais são as do coração, atingindo 30% dos portadores de síndrome de Dow;
  • Mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung;
  • Perda auditiva condutiva;
  • Problemas de visão;
  • Alguns tipos de leucemia têm maior incidência crianças com síndrome de Down;
  • Pessoas com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce.

Causas síndrome de Down

A síndrome de Down é causada por um acidente genético que ocorre em média em 1 a cada 800 nascimentos.
Diferentemente dos 46 cromossomos que constituem o material genético de cada célula do corpo humano, a criança com síndrome de down possui 47 cromossomos, devido ao material cromossômico excedente ligado ao cromossomo 21. Por isto também é chamada trissomia do 21.
Aumento da idade materna. A incidência de síndrome de Down entre os recém nascidos de mães de até 27 anos é de 1/1.200. Com mães de 30-35 anos é de 1/365. Depois dos 35 anos a freqüência aumenta mais rapidamente: entre 39-40 anos é de 1/100 e depois dos 40 anos torna-se ainda maior.
Não foram identificados fatores durante a gravidez que possam causar a síndrome, visto que, a formação cromossômica ocorre na fecundação e nos primeiros estágios do embrião.

Diagnóstico da síndrome de Down

O diagnóstico da síndrome de Down é realizado pelo médico, que utiliza exames citogenéticos para confirmação do quadro.

Tratamento da síndrome de Down

Não existe um tratamento específico para síndrome de down a fim de reverter a trissomia do cromossomo 21. O tratamento engloba, na verdade, uma série de medidas para tratar os problemas clínicos decorrentes da síndrome e também uma série de medidas de estimulação precoce e inclusão para aproveitar todo o potencial da criança com síndrome de Down.
A estimulação precoce é um atendimento especializado direcionado a bebês e crianças de 0 a 3 anos com risco ou atraso no desenvolvimento global.
Este atendimento é de fundamental importância, pois possibilita dar suporte ao bebê no seu processo inicial de interação com o meio, considerando os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais de seu desenvolvimento, bem como auxiliar seus pais no exercício das funções parentais, fortalecendo os vínculos familiares.
Toda criança deve ser incluída na sociedade desde que ela nasce, começando com a inclusão em sua própria família, para então criar bases para inclusão escolar e social.
A criança com síndrome de Down deve ser inserida na sociedade desde bem pequena quando freqüenta em seus passeios de carrinho os mesmos lugares que os outros bebês sem Síndrome de Down.
Na fase pré-escolar é recomendado que a criança seja inserida em igualdade de condições com outras crianças, incentivando o desenvolvimento motor e psicossocial.
Nas fases seguintes, a partir da alfabetização, um apoio específico é recomendado, tais como reforço escolar. Ainda assim os especialistas recomendam que se evite a exclusão por meio de classes especiais separadas.

Referências

Este guia sobre síndrome de Down foi produzido pelo Editorial Médico utilizando fontes nacionais e internacionais de confiança para apresentar informações atualizadas e respaldadas em consensos e pesquisas médicas. Dentre as fontes científicas utilizadas estão:
  1. Antonarakis SE, Lyle R, Dermitzakis ET, Reymond A, Deutsch S. Chromosome 21 and down syndrome: from genomics to pathophysiology. Nat Rev Genet. 2004 Oct;5(10):725-38. Review.
  2. Lubec G, Engidawork E. The brain in Down syndrome (TRISOMY 21). J Neurol. 2002 Oct;249(10):1347-56. Review.
  3. Roizen NJ, Patterson D. Down's syndrome. Lancet. 2003 Apr 12;361(9365):1281-9. Review.
  4. Shapiro BL. Down syndrome and associated congenital malformations. J Neural Transm Suppl. 2003;(67):207-14. Review.

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